Traição Aérea: Air Canada Tira Israel do Mapa e Enfurece Milhões!
- Lincoln Tiago
- 13 de mar.
- 4 min de leitura
Atualizado: 28 de mar.

O Incidente
Na segunda-feira, 10 de março de 2025, passageiros em um voo da Air Canada de Vancouver para Toronto notaram que o mapa interativo do sistema de entretenimento a bordo (IFE) da aeronave Boeing 737 MAX não exibia Israel. Em seu lugar, a região estava rotulada como "Territórios Palestinos". A descoberta foi compartilhada por um passageiro em redes sociais, gerando uma onda de críticas e debates. A Air Canada, uma das principais companhias aéreas do Canadá, foi rapidamente questionada por grupos pró-Israel e outros observadores internacionais, que consideraram a alteração como uma "eliminação" deliberada de Israel, enquanto alguns grupos pró-Palestina apoiaram a mudança.
Resposta da Air Canada
A companhia aérea emitiu uma declaração oficial no mesmo dia, afirmando que o problema era um "erro de exibição" no sistema de mapas interativos de suas aeronaves Boeing 737 MAX. Segundo a Air Canada, o problema não era exclusivo deles e também afetou outras companhias aéreas que utilizam o mesmo sistema de terceiros. A empresa informou que estava trabalhando com o fornecedor terceirizado para corrigir o erro e, enquanto isso, decidiu desativar temporariamente a funcionalidade de mapas interativos nas aeronaves afetadas.
A Air Canada não revelou o nome do fornecedor terceirizado, mas fontes indicam que a Thales, uma empresa aeroespacial francesa que fornece os sistemas de entretenimento a bordo para os Boeing 737 MAX da Air Canada, pode estar envolvida. A Thales oferece mapas próprios e de terceiros em seus sistemas, mas não houve confirmação oficial de sua responsabilidade no incidente.
Contexto e Precedentes
Este não é o primeiro caso de uma companhia aérea enfrentando controvérsia por erros em mapas interativos. Em setembro de 2024, a JetBlue, uma companhia aérea americana, passou por uma situação semelhante quando passageiros notaram que Israel também havia sido removido de seus mapas interativos e substituído por "Territórios Palestinos". Na ocasião, a JetBlue atribuiu o problema a um fornecedor terceirizado e, após uma revisão, decidiu mudar de fornecedor de mapas.
Além disso, outras companhias aéreas, como a Ryanair, já enfrentaram críticas por questões semelhantes, como permitir que passageiros selecionassem "Território Palestino Ocupado" como localização em seus sistemas de reserva. Esses incidentes refletem a sensibilidade política e histórica da representação geográfica da região, especialmente em um momento de tensões elevadas no conflito Israel-Palestina.
Reações e Debate
A mudança no mapa da Air Canada gerou reações polarizadas. Grupos pró-Israel criticaram a companhia, argumentando que a substituição de Israel por "Territórios Palestinos" não era apenas um erro técnico, mas uma tentativa de apagar a existência de Israel, uma narrativa que, segundo eles, deslegitima o Estado judeu. Um usuário em uma rede social chegou a afirmar que "Canadá agora faz parte do grande califato islâmico", refletindo a intensidade das críticas. Por outro lado, algumas contas pró-Palestina responderam ao incidente pedindo que a Air Canada mantivesse a designação de "Territórios Palestinos", argumentando que isso reflete uma realidade política e histórica válida.
Em redes sociais como o X, o debate foi acalorado, com usuários questionando se o erro era intencional ou apenas um problema técnico. Alguns especularam que o erro poderia estar relacionado ao nível de zoom do mapa, sugerindo que Israel poderia reaparecer em outra configuração, enquanto outros apontaram que o mapa também apresentava inconsistências em outras regiões, como a ausência de aeroportos importantes como o de Lod/Jerusalém.
Impacto e Próximos Passos
A Air Canada anunciou recentemente que planeja retomar voos diretos para Israel a partir de junho de 2025, com serviços de Toronto para Tel Aviv quatro vezes por semana, e de Montreal para Tel Aviv uma vez por semana a partir de agosto. A companhia afirmou que realizou extensas revisões de segurança e consultou o governo canadense e autoridades estrangeiras antes de tomar essa decisão. No entanto, o incidente com o mapa interativo pode complicar essas relações, especialmente em um momento em que a segurança na região permanece volátil. Em 9 de março de 2025, o ministro de Energia de Israel, Eli Cohen, ordenou o corte imediato do fornecimento de eletricidade para Gaza, uma medida que intensificou as tensões na região.
A decisão da Air Canada de desativar os mapas interativos enquanto resolve o problema demonstra uma tentativa de evitar mais controvérsias, mas também levanta questões sobre a responsabilidade das companhias aéreas em revisar os conteúdos exibidos em seus sistemas. A falta de transparência sobre o fornecedor terceirizado e as causas exatas do "erro de exibição" alimenta especulações sobre intenções políticas por trás da mudança.
Análise Crítica
Embora a Air Canada tenha atribuído o problema a um "erro técnico", a repetição de incidentes semelhantes com outras companhias aéreas sugere que pode haver uma falha sistêmica nos dados fornecidos por fornecedores terceirizados, possivelmente influenciada por agendas políticas. A escolha de "Territórios Palestinos" em vez de "Palestina" (como apontado por um usuário em um fórum) pode indicar que o mapa segue uma convenção que não reconhece a Palestina como estado soberano, alinhando-se com a posição oficial de países como o Canadá. No entanto, a ausência completa de Israel no mapa é um erro grave que não pode ser justificado apenas por um "problema de zoom" ou configuração.
Esse incidente também expõe a dificuldade de companhias aéreas em lidar com questões geopolíticas sensíveis. A Air Canada, ao desativar os mapas, optou por uma solução temporária que evita mais críticas, mas não aborda o problema de fundo: quem fornece esses mapas e por que esses "erros" continuam acontecendo? A falta de revisão rigorosa por parte das companhias aéreas antes de implementar tais sistemas é preocupante, especialmente em um contexto global onde a representação geográfica pode ter implicações políticas significativas.
O que você acha? Acredita que foi apenas um erro técnico ou uma decisão intencional? Deixe seu comentário!
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