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Incêndio em Subestação Elétrica Fecha Heathrow e Causa Caos em Londres: Mais de 1.300 Voos Cancelados!

  • Foto do escritor: Lincoln Tiago
    Lincoln Tiago
  • 21 de mar.
  • 3 min de leitura

Um incêndio de grandes proporções na subestação elétrica de North Hyde, em Hayes, oeste de Londres, provocou um apagão massivo que fechou o Aeroporto de Heathrow, o mais movimentado da Europa, nesta sexta-feira (21). O incidente, que começou pouco antes da meia-noite de quinta-feira (20), deixou milhares de passageiros retidos, cancelou mais de 1.300 voos e afetou cerca de 16.300 residências na região, gerando um impacto global no tráfego aéreo.


De acordo com o Corpo de Bombeiros de Londres, o incêndio foi reportado às 23h23 de quinta-feira, após 212 chamadas de emergência. Cerca de 70 bombeiros e 10 caminhões de combate a incêndio foram mobilizados para conter as chamas, que produziram grandes colunas de fumaça visíveis a quilômetros de distância. Imagens aéreas divulgadas por usuários no X mostram a intensidade do fogo, que ainda ardia em 10% da subestação na manhã de sexta-feira, segundo Jonathan Smith, vice-comissário do Corpo de Bombeiros de Londres.


O Aeroporto de Heathrow, localizado a apenas 2,5 km da subestação, anunciou o fechamento total até as 23h59 de hoje, priorizando a segurança de passageiros e funcionários. "Devido a um incêndio em uma subestação elétrica que abastece o aeroporto, Heathrow está enfrentando um apagão significativo", informou um porta-voz do aeroporto. A orientação é clara: passageiros não devem se dirigir ao aeroporto até segunda ordem. A expectativa é que alguns voos, como os de repatriação, sejam retomados ainda hoje à noite, com operação total planejada para sábado (22), segundo informações do The Guardian.

O impacto foi sentido globalmente. A Flightradar24 reportou que 1.351 voos programados para decolar ou pousar em Heathrow foram cancelados ou redirecionados. Companhias aéreas como British Airways e Virgin Atlantic enfrentam desafios logísticos, com aviões, tripulações e passageiros espalhados por outros aeroportos da Europa. A British Airways, por exemplo, cancelou todos os voos de curto alcance e permitiu que passageiros remarcassem voos até o fim de semana sem custos adicionais. A Virgin Atlantic, cujo principal hub no Reino Unido é Heathrow, também lamentou o "impacto significativo" em suas operações.

A Polícia Metropolitana de Londres confirmou que a unidade de contraterrorismo está liderando as investigações sobre a causa do incêndio, embora não haja, até o momento, indícios de sabotagem. A secretária de Transportes, Heidi Alexander, reforçou que "não há sugestão de crime" no incidente, mas a proximidade da subestação a uma infraestrutura crítica como Heathrow justifica a cautela. Enquanto isso, a National Grid, responsável pela subestação, informou que reconectou Heathrow a uma solução temporária, mas ainda trabalha para restaurar completamente a rede elétrica na região.

O incidente levanta questões sobre a resiliência de infraestruturas críticas. Especialistas apontam que o apagão expôs vulnerabilidades no sistema de backup de Heathrow. Richard Tice, vice-líder do partido Reform UK, alegou que o aeroporto substituiu seu gerador a diesel por uma alternativa de biomassa mais sustentável, que teria falhado em operar de forma independente durante o apagão. "Um aeroporto como Heathrow não deveria ser tão vulnerável a um único ponto de falha", criticou Phil Hewitt, diretor da Montel Analytics.

Enquanto as autoridades trabalham para normalizar a situação, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, afirmou estar acompanhando o caso de perto e agradeceu aos serviços de emergência. "Haverá uma disrupção significativa nas próximas horas e dias, e faremos tudo para apoiar os afetados", declarou um porta-voz do governo. A última vez que Heathrow enfrentou um fechamento prolongado foi em 2010, devido a nevascas intensas, que cancelaram 4.000 voos.

 
 
 

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