Avião da Delta sofre acidente em Toronto: Relatório inicial aponta alta taxa de descida
- Lincoln Tiago
- 20 de mar.
- 2 min de leitura

No último mês, um avião modelo CRJ-900 da companhia aérea Delta sofreu um acidente ao pousar no Aeroporto Internacional de Toronto Pearson, no Canadá. De acordo com um relatório preliminar divulgado pela Agência de Segurança nos Transportes (TSB), o sistema de alerta da aeronave emitiu um sinal de "sink rate" (taxa de descida elevada) apenas 2,6 segundos antes de tocar o solo. Esse aviso indica que o avião estava descendo rápido demais para um pouso seguro.
O relatório explica que, naquele momento, a velocidade do avião era de cerca de 252 km/h (136 nós), enquanto a velocidade em relação ao solo era de 205 km/h (111 nós). A descida estava acontecendo a uma taxa constante de aproximadamente 335 metros por minuto (1100 pés por minuto), o que é considerado alto para a fase final de um pouso. Além disso, o avião inclinou ligeiramente para a direita, com um ângulo de 4,7 graus, e os motores estavam funcionando a 43% de sua potência.
O impacto foi tão forte que o trem de pouso (as "pernas" do avião) dobrou para dentro, como se estivesse sendo guardado, e uma das asas se soltou do corpo da aeronave. Isso causou o vazamento de combustível, que pegou fogo logo em seguida. Felizmente, os bombeiros conseguiram controlar as chamas rapidamente.
O acidente deixou 21 pessoas feridas, entre passageiros e tripulantes. Muitos foram levados ao hospital, mas todos já receberam alta e estão se recuperando. A investigação ainda está em andamento para entender por que o avião desceu tão rápido e o que pode ter levado ao colapso do trem de pouso e à perda da asa.
Conclusão preliminar
Com base no relatório inicial, parece que o acidente foi causado por uma combinação de uma descida muito rápida e, possivelmente, um pouso mal executado. Para quem não entende de aviação, imagine que o avião estava caindo mais rápido do que deveria, como se alguém estivesse descendo uma escada pulando vários degraus de uma vez. Para os especialistas, os dados sugerem que a taxa de descida de 1100 pés por minuto, somada à velocidade e ao ângulo de inclinação, pode ter ultrapassado os limites de segurança do CRJ-900. Ainda não está claro se houve falha humana, como um erro dos pilotos, ou um problema técnico no avião. Mais respostas virão com o relatório final, mas, por enquanto, o incidente reforça a importância de sistemas de alerta e do treinamento para lidar com situações críticas como essa.
Assista ao vídeo da época do acidente!
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